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quinta-feira, 20 de agosto de 2020

REDAÇÂO - Prof. LULA 1º ANO A, B, C (MATUTINO )

 

Colégio Estadual José Ribeiro Pamponet

REDAÇÃO

Prof.LULA                        20.08.2020

 

 

O jovem, que até então não apresentava nenhum problema na escola, começa a ter uma avaliação catastrófica dos professores. Perde a capacidade de entender o que lê fora do ambiente da rede. Sem entender, não tem condições de julgar, e sem posição crítica fica incapacitado de reflexões profundas sobre a realidade que o cerca. Os pais imaginam que o filho está mentalmente perturbado ou tomando drogas, mas ele apenas renunciou a seu potencial expressivo para adotar a linguagem estereotipada da internet.” (Revista Época)

     “Os jovens estão escrevendo de forma totalmente diferente nos e-mails e nas mensagens rápidas. Está surgindo um novo idioma, completamente diferente. Um canal de tevê a cabo tem legendas nesse idioma e é difícil prestar atenção, seguir aquele negócio do jeito que o pessoal fala. O que potencialmente seria uma revitalização da palavra escrita virou um negócio muito precário. Não é bom.” (Revista ISTOÉ)

      “Linguista respeitado, o inglês David Crystal, autor do livro A Linguagem e a Internet, chama esses defensores da sintaxe de alarmistas e não prevê um futuro desastroso para a gramática por causa da rede.” (Revista Época)

           Acima estão os fragmentos dos textos que compõem esta prova. Eles servem de base para a argumentação que deve ser feita a respeito do seguinte tema: A linguagem da internet pode ser uma ameaça para o desenvolvimento linguístico dos seus usuários?

Responda à questão proposta pelo tema acima, por meio de texto argumentativo (OPINATIVO)  de 20 (vinte) linhas. Na sua redação, não devem ocorrer partes nem dos fragmentos oferecidos nem dos textos de onde foram retirados.

Atividade de Redação - Prof. LULA - 3º A, B (mat.) 3º A (vesp.)

 

Colégio Estadual José Ribeiro Pamponet

Técnicas de Redação

Prof. Luiz Maciel (LULA)             20.08.2020

 

MÃOS À OBRA, GALERA!!!

 

Ø Observe atentamente cada assunto em pauta abaixo e produza um parágrafo argumentativo, com no mínimo 05 linhas. Pode concordar ou discordar de cada situação e discorrer sobre a mesma.

 

1. A pena de morte é a maneira mais eficaz para se combater à violência. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2. A homofobia na nossa sociedade ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3. Seguir aquilo que meus pais tanto desejam

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4. É preciso ler para conhecer...

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5.A bolsa família deixa pessoas mal-acostumadas

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ATENÇÃO!!!

- É primordial que as atividades de REDAÇÂO sejam corrigidas pelo professor, onde o mesmo poderá apontar os erros e acertos de cada um vocês. Portanto estarei à disposição para corrigi-las. Podem mandar a devolutiva no meu PV.

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Atividade para as turmas de 1º Ano matutino e vespertino - Profº Camila e Luiz Carlos (Lula)


Memórias — Teoria 

Memórias são textos produzidos para rememorar o passado, vivido ou imaginado. Para isso devem-se escolher cuidadosamente as palavras, orientados por critérios estéticos que atribuem ao texto ritmo e conduzem o leitor por cenários e situações reais ou imaginárias. Essas narrativas têm como ponto de partida experiências vividas pelo autor no passado, contadas como são lembradas no presente. Há situações em que a memória se apresenta por meio de perguntas que fazemos ou que fazem para nós. Em outras, a memória é despertada por uma imagem, um cheiro, um som.

        Esse tipo de narrativa aproxima os ausentes, compreende o passado, conhece outros modos de viver, outros jeitos de falar, outras formas de se comportar e representa possibilidades de entrelaçar novas vidas com as heranças deixadas pelas gerações anteriores. As histórias passadas podem unir moradores de um mesmo lugar e fazer que cada um sinta-se parte de uma mesma comunidade. Isso porque a história de cada indivíduo traz em si a memória do grupo social ao qual pertence. Esse encontro é uma experiência humanizadora.

        O autor de memórias literárias usa os verbos para marcar um tempo do passado: pretérito perfeito e pretérito imperfeito. Eles indicam ações e têm a propriedade de localizar o fato no tempo, em relação ao momento em que se fala.

        O narrador em primeira pessoa é o narrador-personagem ou narrador-testemunha. No caso de memórias teremos, geralmente, o narrador-personagem, que tem por característica se apresentar e se manifestar como eu e fala a respeito daquilo que viveu. Conta a história dele sempre de forma parcial, considerando um único ponto de vista: o dele.

                                                                                   Geraldo  Canuto

O gênero memórias literárias

Memórias literárias são textos produzidos por escritores que dominam o ato de escrever como arte e revivem uma época por meio de suas lembranças pessoais. Esses escritores são, em geral, convidados por editoras para narrar suas memórias de um modo literário, isto é, buscando despertar emoções estéticas no leitor, procurando levá-lo a compartilhar suas lembranças de uma forma vívida. Para isso, os autores usam a língua com liberdade e beleza, preferindo o sentido figurativo das palavras, entre outras coisas.

Nessa situação de produção, própria do gênero memórias literárias, temos alguns componentes fundamentais: um escritor capaz de narrar suas memórias de um modo poético, literário; um editor disposto a publicar essas memórias; leitores que buscam um encontro emocionante com o passado narrado pelo autor, com uma determinada época, com os fatos marcantes que nela ocorreram e com o modo como esses fatos são interpretados artisticamente pelo escritor.
A situação de comunicação na qual o gênero memórias literárias é produzido marca o texto. O autor escreve com a consciência de que precisa encantar o leitor com seu relato e que precisa atender a certas exigências do editor, como número de páginas, tipo de linguagem (mais ou menos sofisticada, por exemplo, dependendo da clientela que o editor procura atingir).

Responda as questões a seguir:
  1. Para que são produzidos os textos de memórias?
  2. Qual é o provável perfil dos interlocutores, ou seja, quem escreve e para quem?
  3. Qual a temática dos textos de memórias?
  4. Qual a finalidade do gênero, ou seja, por que se escrevem textos de memórias literárias?
  5. Qual o suporte dos textos de memórias literárias, ou seja, onde são publicados?
  6. Os textos desse gênero são de cenários e situações reais?
  7. Quais os tempos verbais mais presentes nesse gênero textual? Por quê?
  8. Como é o foco narrativo nas memórias literárias? Explique.

Leia agora um texto retirado do site oficial da Olimpíada de Língua Portuguesa; lá vocês podem encontrar muitos textos interessantes de variados gêneros. Vale a pena a visita ao site! https://www.escrevendoofuturo.org.br/arquivos/9161/textos-finalistas-2019.pdf

Memórias literárias

Como puxar os fios da memória e entrelaçá-los em uma história? Neste capítulo, estudantes de 6o e 7o anos do Ensino Fundamental foram desafiados a recorrer a alguém mais velho da comunidade e transformar em texto literário as memórias de seu entrevistado. O Caderno do Professor, material de apoio da Olimpíada, ao definir o gênero Memórias literárias precisamente o sintetiza: “São textos produzidos por escritores que, ao rememorar o passado, integram ao vivido o imaginado”.
As próximas páginas nos enovelam em um sem fim de fios de memória, nos convidando a sentir o cheiro do capim pubo ou o doce da cana em contraste ao duro trabalho de um avô no canavial. A rememorar tempos de fartura de pequi em Taipas de Tocantins. A época em que Seu Santinho foi coveiro. A única TV que ficava na praça da cidade. O massacre dos índios cinta-larga. O rio Guandu como protagonista de algumas memórias, onde se lavavam panelas de polenta e se derramavam lágrimas que só Deus conhecia a razão. A saga de imigrantes alemães em um fusca 74, rumo ao Carnaval. O acordeão do pai que, mesmo cansado, embalava o baile da imaginação. Tantas e tantas memórias nos levam sobretudo a (re)lembrar que, como disse a entrevistada Silvana Cristina Soares Peguim: “O lugar onde vivemos nunca se acaba dentro de nós”.

QUASE UM CINEMA A CÉU ABERTO 

Débora Kelly Costa Bilhar

No meu tempo de criança, aparelhos de TV eram difíceis de se encontrar neste meu pequeno pedaço de mundo. Era como o céu sem estrelas ou Romeu sem Julieta. No limite dos limites, eram apenas duas televisões que faziam parte do nosso cotidiano. Mas uma de que me lembro com muita ternura era a TV pública de Vitória do Xingu, cidade que, naquela época, ainda fazia parte de Altamira. Como um aparelho tão pequeno pode trazer várias lembranças que, mesmo com as evoluções tecnológicas, não se apagaram e nem o tempo conseguirá apagar? Como e nem todos possuíam televisão, a prefeitura de Altamira doou uma para que todos assistissem na praça, onde era muito bom permanecer, era como se estivéssemos no aconchego de nosso lar. A maioria das pessoas não tinha condição, por isso ninguém pagava nada. Daí,todos tinham respeito por aquele pequeno momento em que dávamos audiência para os programas como novelas, filmes, jornais e até desenhos. A TV era de graça, as únicas coisas que gastávamos eram a nossa atenção, o silêncio e a nossa paixão por aquela telinha.
Na Praça dos Benjamins, onde a pequena miragem era colocada, havia várias árvores, os benjaminzeiros. O concreto quase não se via. Todos iam para se divertir, inclusive eu, que não ficava de fora. A alegria de participar daquele momento batia de porta em porta. Era um convite irrecusável. Cada programa, novela ou algo parecido que passava naquela tela era fantástico, era como se estivéssemos em um cinema, mas não muito grande. O nosso era a céu aberto. Poltronas não existiam, apenas o chão molhado por aquele banho do sereno. Se chovesse, o pequeno cinema acabava; se não chovesse, aqueles nossos pequenos olhos continuavam fixos na telinha. Porém, havia alguns eventos políticos ou festas que eram feitos na praça e interrompiam aquele tão esperado momento de audiência, causando inquietação nas pessoas, pois deixávamos de assistir para que eles ocorressem. Nós íamos para a praça assistir a partir da tardezinha, no momento do pôr do sol, até quando o motor de luz era desligado por alguém impiedoso, apagando as luzes que clareavam a cidade, deixando só as estrelas iluminando as poucas ruas e os muitos caminhos de volta para casa.
Chego a me arrepiar com uma triste lembrança daquela telinha, que foi parando gradativamente, com um novo acontecimento: as pessoas conseguiram suas próprias televisões, que já vieram com cenas coloridas e com a tela maior, deixando para trás as cenas divertidas. A união foi desaparecendo e o isolamento invadindo aquele saudoso lugar que, aos poucos, já estava recebendo pouquíssimas pessoas para assistir, deixando no local em que vivi apenas boas lembranças, emoções contínuas, mexendo com a cidade toda.
Houve também uma vez em que a TV pública foi roubada, mas comprada de novo; porém, o novo aparelho veio sem as cenas em preto e branco.
Meus olhos encharcados de angústia sofrem ao saber que nem tudo é a mesma coisa. Às vezes, penso que nossa cidade está sendo dominada pelas novas tecnologias que o mundo nos oferece.
Ai, que saudade que eu tenho daqueles meus tempos de criança, em que eu ia à praça com meus amigos, quando a felicidade reinava na Praça dos Benjamins e em todas as nossas vidas. Aquele bom local foi transformado pela falta de espectadores, e em seu lugar foi construído um palco maior, onde são exibidos shows e eventos diversos como o Fit Dance. Hoje em dia, a praça não é mais a mesma, as cenas em preto e branco são hoje coloridas, em HD, até mesmo em miniaturas que cabem na palma da mão, mas minhas recordações por aquele tempo e por aquele quase cinema a céu aberto continuam as mesmas.
O tempo foi passando, a cidade cresceu e o progresso aprisionou aquele passado sem nenhuma chance de fugir. Mas aquela TV ainda é capaz de me surpreender. É triste, mas ao mesmo tempo é alegre recordar aqueles bons instantes diante daquela telinha em preto e branco, que conseguia deixar a nossa vida cada vez mais colorida, mais gratificante. Por esse motivo, me sinto honrado por saber que fiz parte da história da TV pública da nossa cidade, às margens do rio Xingu.
* Texto baseado na entrevista realizada com José Santana Cardoso Abreu de Lima, de 57 anos

ATIVIDADE 2:
Através desse exemplo podemos perceber um pouco da importância de preservar as vivências e memórias individuais, que se tornam coletivas através do desenvolvimento de textos. Então, produza sua memória literária através de uma pequena entrevista, ou uma conversa informal, com alguém mais velho.


Referências:

Atividade para as turms de 2° A e B Vespertino - Professora Camila Miranda


Em tempos de Twitter, WhatsApp, Instagram, trabalhar um gênero que exige fôlego, como Artigo de opinião, pode ser um contraponto importante para estudantes de 3o ano do Ensino Médio, às voltas com vestibular, consolidação de identidade, conquista de autonomia e outras tantas travessias rumo à fase adulta.
Para escrever um artigo de opinião relativo ao lugar onde vivem, os jovens autores deste capítulo percorreram uma maratona, daquelas que, se não preparam para vida, é certo que dão boas pistas. Tudo começa com a identificação de um tema polêmico, passa pela busca de fontes consistentes, a coleta e o confronto de informações e a escolha de um posicionamento. Por fim, vem a composição do texto em si, que deve trazer argumentos contundentes o suficiente para, no mínimo, provocar no leitor a reflexão e, no máximo, contribuir para formação de opinião em um amplo debate democrático.
As páginas seguintes trazem questões de gênero; liberdade de expressão nas escolas; uso indiscriminado de agrotóxicos; poluição nos rios e atividade mineradora; respeito a refugiados, indígenas e quilombolas; monocultura e impacto ambiental; gestão e gastos públicos; violência contra os animais; e intolerância religiosa. O que não falta é polêmica e opinião – e muito pano para manga, caro leitor!

ATIVIDADE:

Ainda seguindo nossa linha de raciocínio da semana passada, busque nos textos abaixo as referências que os autores utilizaram. Identifique e anote em seu caderno: que tipo de dados, informações e conceitos - importantes para dar credibilidade ao texto - foram explorados pelos autores.

TEXTO 1

(DES)INTERIORIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR: REDUÇÃO DE GASTOS OU AMPLIAÇÃO DA DESIGUALDADE? 

Gilberto Gonçalves Gomes Filho 

“Soletrando”. A priori, o significado do gerúndio parece óbvio, e, segundo o “Dicionário Aurélio”, significa “ler, pronunciando separadamente as letras e juntando estas em sílabas”. No lugar onde vivo, contudo, essa palavra é carregada de memórias e constitui motivo de orgulho para a população, pois o primeiro campeão do Concurso Soletrando, da Rede Globo de Televisão, foi Aurélio. Não o escritor do dicionário, mas o aluno, igualmente apaixonado pela gramática, natural da pequena Goianésia, localizada no norte goiano e marcada pelos traços típicos do interior.
Histórias como a de Aurélio mostram o poder revolucionário da educação e inspiram os jovens goianesienses. Todavia, uma notícia recente disseminou desesperança àqueles que veem na educação a possibilidade de transformação social. Foi anunciado o fechamento da Universidade Estadual de Goiás (UEG) – Campus Goianésia.
Criada pela Lei no 13.456, de 16 de abril de 1999, a UEG é a única instituição públicade Ensino Superior do município. Sua formação relaciona-se ao Processo de Interiorização no Ensino Superior em Goiás, que buscou, durante a década de 1980, facilitar o acesso à universidade daqueles cuja rotina estava fora do ciclo das grandes cidades. Paradoxalmente, penso que houve uma inversão desse pensamento, pois a conjuntura atual propõe novamente a concentração do saber ao determinar a extinção de quinze campi.
Para o reitor Dr. Ivano A. Devilla, a necessidade do fechamento decorre do esgotamento orçamentário e financeiro destinado à manutenção do campus, que expandiu-se exageradamente, a ponto de não conseguir manter-se em bom funcionamento. Assim, as medidas propostas pela equipe gestora, constatadas no RELATÓRIO No 1 / 2019 COLEGIADOS – 16136, publicado em 2 de maio de 2019, devem ser postas em prática urgentemente. Tais ações incluem a progressiva extinção decursos, bolsas para pesquisa, verbas para projetos e a demissão de funcionários.
Endossando a postura da reitoria, parte da população goianesiense afirma que a crescente oferta de bolsas pelas universidades particulares do município torna a permanência da UEG irrelevante. Em contrapartida, outra parcela defende sua continuidade, visando aos benefícios que ela promove. Desse modo, instaurou-se a polêmica.
Particularmente, creio que a busca pelo fortalecimento da UEG a partir da reestruturação de cursos e da otimização dos custos relativos à manutenção são atitudes necessárias à sobrevivência da instituição. Porém, o seu fechamento não é a decisão mais viável, pois suas consequências seriam desastrosas.
Outrossim, vale destacar que, segundo dados do Campus Goianésia, cerca de 620 alunos estão atualmente ingressos. O perfil desses estudantes, quase em sua totalidade, mostra que são de escola pública e possuem situação socioeconômica desfavorecida. Com o possível fechamento da instituição, qual opção restará à média dos estudantes de Goianésia que, assim, como eu, não têm condição de deslocar-se para outra cidade a fim de concluir o Ensino Superior? Além disso, a UEG atende a outros dez municípios, o que mostra sua importância para toda a região. Dessa forma, é indiscutível que, sem a universidade, o sonho de muitos jovens seria extinto, assim como propõe a Comissão de Redesenho da Universidade.
Ademais, o papel exercido pela UEG na formação de professores é notório. Egressos dos cursos de Pedagogia, História e Letras atuam na educação goianesiense, fortalecendo-a, o que é comprovado pelos bons resultados no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que chegam até 8,6, segundo dados de 2017 do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Dessa maneira, acredito que o Campus Goianésia deve ser mantido em detrimento de qualquer fator externo. Assim, como pontua a diretora da instituição, Profa. Ma. Maria das Graças B. Silva: “Fechar um campus é eliminar a oportunidade de acesso à educação para o jovem do interior”. Desse modo, clamo para a continuidade da instituição em nossa cidade, para que tantos outros “Aurélios” escondidos sejam reconhecidos por nós e pelo mundo.

Professora Patrícia Nara da Fonsêca Carvalho CE Jalles Machado, Goianésia-GO

TEXTO 2

OS FINS NÃO PODEM JUSTIFICAR OS MEIOS 

 Vitória Vieira Pereira de Jesus 

Vivo em Cândido Mota, uma pequena cidade localizada no interior de São de Paulo, com cerca de 30 mil habitantes. Economicamente, a cidade depende muito da agricultura, e se destaca na região do Vale do Paranapanema por possuir terras roxas e solo fértil. Segundo a Secretaria de Agricultura de Cândido Mota, cerca de 75% da área territorial do município é destinada às lavouras, as quais, costumeiramente, produzem bem, garantindo a sobrevivência, direta ou indireta, de todas as famílias que vivem por aqui. Dessa forma, é evidente que a agricultura é responsável pelo desenvolvimento do município; entretanto, a notícia da liberação de novos agrotóxicos tem preocupado a população que teme pelo meio ambiente e pela saúde dos munícipes.
Primeiramente, é importante contextualizar de onde surge a preocupação dos cândido-motenses. Em pouco mais de seis meses, o Governo Federal anunciou a liberação de 239 novos agrotóxicos, sendo que alguns deles já foram proibidos há quinze anos pela União Europeia devido à alta toxidade. Assim sendo, tal medida é totalmente desnecessária, uma vez que o Brasil é referência mundial em produção agrícola em grande escala com os agrotóxicos já utilizados. Devemos levar em consideração também os danos à saúde que tais produtos causam, sobretudo quando aplicados indevidamente, o que é muito comum em Cândido Mota, pela falta de orientação e fiscalização.
Ademais, segundo o Greenpeace, os novos produtos contêm glifosato, substância potencialmente cancerígena de acordo com a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc, na sigla em inglês). Essa informação, sem dúvida, tira o sono da população da minha cidade, afinal, teremos mais produtos altamente tóxicos disponíveis no mercado que poderão ser utilizados pelos agricultores; e poderão contribuir para o aumento de doenças, sobretudo o câncer, que vitima muitas pessoas em Cândido Mota.
Por outro lado, devo reconhecer que a liberação dos novos agrotóxicos trará grandes benefícios aos agricultores, uma vez que os agroquímicos contribuem para o aumento da produção, potencializando a economia e promovendo o desenvolvimento da cidade. Ainda reconheço que a liberação proporcionará maior concorrência no mercado, oportunizando melhores preços, assim sendo, diminuindo os custos de produção e, consequentemente, aumentando o lucro dos agricultores.
Mesmo diante das vantagens elencadas acima, sou totalmente contra a liberação de mais agrotóxicos, pois tenho a certeza que trarão prejuízos irreparáveis ao meio ambiente, como a contaminação do solo, do lençol freático, entre outros; e também à saúde dos seres humanos, os quais podem sofrer com intoxicações ou até mesmo com doenças mais graves, como o câncer.
Minha opinião poderia ser outra se eu tivesse a garantia de que os agricultores fossem utilizar os novos agroquímicos de forma adequada ou que ao menos o Governo fosse garantir a qualidade dos alimentos que chegam à mesa do consumidor; contudo, nada disso é certo. Aos agricultores faltam informações técnicas e ao Governo mais seriedade. É inadmissível a negligência do Estado, que não fiscaliza periodicamente as taxas de agrotóxicos presentes nos alimentos que chegam até o mercado, fazendo com que muitos consumidores adquiram produtos com alta toxidade. A própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária, através do seu ex-diretor, Luiz Claudio Meireles, afirma que o último relatório sobre riscos de contaminação dos alimentos foi publicado apenas em 2016. Dessa forma, não posso concordar com essa cilada que beneficia alguns e prejudica muitos.
Portanto, antes de liberar novos agrotóxicos é necessário que o Poder Público cumpra com o seu papel de garantir e zelar pelo meio ambiente e pela saúde de sua população, proibindo agrotóxicos com alta toxidade e fiscalizando a aplicação dos existentes. Ainda, cabe ao Governo investir em pesquisas e alternativas sustentáveis para o controle de pragas na agricultura, tal como áreas de refúgio, que quando utilizadas podem diminuir a aplicação de agrotóxicos. Assim, minha querida Cândido Mota continuará se desenvolvendo sem precisar destruir o meio ambiente e vitimar sua população.
Professor Alexandre Marroni ETEC Prof. Luiz Pires Barbosa, Cândido Mota-SP

Referência:
https://www.escrevendoofuturo.org.br/arquivos/9161/textos-finalistas-2019.pdf

TURMAS do REGULAR 3º A, B (Mat. ) 3ºA (vesp.) Prof. LULA


TÉCNICAS DE REDAÇÃO                      
Prof. Luiz Maciel (LULA)
3º A, B (Mat.) e 3º A. (vesp.)

Os textos a seguir abordam o tema da prática do rolezinho em shopping-centers. Tomando-os como apoio, redija os gêneros textuais solicitados.

TEXTO 1
Rolezinho é a ocupação de um templo de consumo
Rosana Pinheiro-Machado*

           O rolezinho é a ocupação de um templo de consumo. O objetivo é justamente o consumo. Tudo começou como distração e diversão: se arrumar, sair, se vestir bem. Existe toda uma relação com as marcas e com o consumo, num processo de afirmação social e apropriação de espaços urbanos.
           Os lojistas e os frequentadores de shoppings se sentem ameaçados porque o shopping sempre foi uma redoma, um lugar das elites e das camadas médias. De repente, essa paz e essa fronteira foram abaladas e, no fundo, se teme ver o que antes não se via: a periferia negra, a pobreza e a desigualdade.
           A proibição dos rolezinhos por parte dos administradores de shoppings é uma atitude completamente errada.
          Como estabelecer critérios que não sejam preconceituosos? Não se pode negar o direito de ir e vir. Será que, se diversos jovens das elites brancas marcassem encontro, algum shopping iria proibir? Isso é apartheid.
           A atitude da Polícia Militar também não é correta quando usa a força policial e a violência para agir contra os mais fracos. Não se pode agir com brutalidade, pois trata-se de um movimento social. De modo geral, existe um rancor, não apenas da Polícia, mas de grande parte da sociedade brasileira.
            Embora muitos acreditem que os rolezinhos podem acabar em arrastões e violência, esse movimento está se tornando cada vez mais político como forma de protesto e ocupação de espaço. Os jovens da periferia sempre foram a shoppings e nunca assaltaram.

*Rosana Pinheiro-Machado é antropóloga e professora da Universidade de Oxford, na Inglaterra.
TEXTO 2
Tal como são, os ‘rolezinhos’ atentam contra direitos coletivos
                                                                                                    Mauro Rodrigues Penteado*

             Por mais que nos solidarizemos com nossa juventude humilde que busca espaços para se relacionar e dar vazão ao seu amor e alegria, não é possível apoiá-la nessa onda recente de ‘rolezinhos’ marcados em shopping-centers e outros locais privados com destinação específica.
           É triste a ausência de opção de lazer para nossos jovens de camadas mais pobres. No entanto, os ‘rolezinhos’, tal como vêm sendo marcados, atentam contra os direitos individuais e coletivos assegurados pela Constituição Federal. Isso sem falar no direito também constitucionalmente garantido à propriedade e à livre iniciativa. Daí porque estão corretas as liminares concedidas pelo Judiciário aos shoppings, as quais estabeleceram multas aos participantes.
           Os shoppings são empreendimentos privados abertos ao público especificamente para compras, lazer, diversão, passeio. A maioria deles tem cinemas e praças de alimentação. Nenhum deles tem ainda uma praça de ‘rolezinho’, modalidade de diversão muitas vezes conturbada, promovida por jovens infratores. Essa atividade fere o legítimo direito de pais, mães e filhos a um lazer sossegado e seguro que se crê encontrar no ambiente privado e protegido dos shoppings.
          Se o poder público não disponibiliza, como deveria, espaços próprios para o saudável congraçamento e encontro entre jovens, nem por isso os brilhantes moços que os organizam deixam de ter alternativas interessantes. E todas elas são garantidas pela Constituição.
           A lei garante que “todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, bastando prévio aviso à autoridade”. Ora, por que não fazer uns ‘rolezinhos’ no sambódromo ou em outros locais públicos? Os convocados pela internet não vão faltar. Meninos e meninas levam o som, comidinhas e bebidinhas (sem álcool, de preferência, senão tumultua e nem namoro acontece). Aí a festa ‘rola’ de forma
‘legal’, no duplo sentido. Juridicamente, basta os organizadores enviarem cópia da convocação à Prefeitura e à Secretaria de Segurança.
*Mauro Rodrigues Penteado é advogado, árbitro e professor de direito comercial da USP.

GÊNERO TEXTUAL 1 – RESUMO

Considere a seguinte situação: você foi escolhido para apresentar resumidamente para sua classe os argumentos pró e contra os rolezinhos. Redija, portanto, um resumo, em até 15 linhas, que exponha os argumentos utilizados pelos autores de cada texto para justificar o posicionamento deles em relação ao tema prática do rolezinho em shopping-centers.

GÊNERO TEXTUAL 2 – ARTIGO DE OPINIÃO

Na condição de frequentador/cliente de shopping-centers, redija um texto, em até quinze linhas, no qual você manifeste sua opinião a favor ou contra a prática do rolezinho nesses tipos de estabelecimento.


segunda-feira, 1 de junho de 2020

2º ano A e B - Regular (Vespertino) - Prof CAMILA


Olá, pessoal!

Na atividade passada falamos um pouco sobre a necessidade de expor referências seguras a respeito dos nossos conhecimentos. Para construirmos um bom repertório argumentativo é importante estarmos sempre bem informados.
Pesquisas em sites confiáveis; busca por conteúdo seguro nas redes sociais (seguir autoridades em determinadas áreas – por exemplo); confrontar informações (buscando sempre mais de uma referência), são algumas das atitudes que podemos ter para tornar as informações do nosso texto relevantes para o leitor.
Nos últimos dias nos deparamos com notícias lamentáveis a respeito de um tema muito recorrente, mas que precisa ser discutido e rediscutido sempre: o racismo.

“Caso George Floyd: morte de homem negro filmado com policial branco com joelhos em seu pescoço causa indignação nos EUA”

(Fonte: https://g1.globo.com/)

Essa situação expôs, mais uma vez, questões que são negadas e precisam ser discutidas.

Então, vamos refletir um pouco sobre isso?

Atividade:
1º passo: Vocês deverão pesquisar (em, no mínimo, 3 sites diferentes) matérias, textos, artigos, críticas, etc., sobre o caso de George Floyd e seus desdobramentos no mundo; que culminaram em campanhas e manifestações importantes.
2º passo: Após o primeiro momento (da pesquisa), busquem referências (documentários, músicas, filmes, autores, etc.) que possam embasar e enriquecer a construção do seu texto.
Obs.: Caso você possa, assista à série Olhos que condenam, disponível na Netflix. São 4 episódios que trazem importantes reflexões sobre essa temática. Quem não conseguir assistir pode buscar resumos e críticas na internet.
3º passo: Por fim, vocês deverão construir um texto reflexivo sobre o seguinte tema: “A importância de ser antirracista na sociedade atual”.

Dúvidas e produções, enviar para: camila.miranda23@enova.edu.ba.gov.br

REDAÇÂO - Prof. LULA - Turmas do regular 1º ANO A, B, C (matutino) e Prof. CAMILA - Turmas do regular Vespertino

Colégio Estadual José Ribeiro Pamponet

REDAÇÂO              TURMAS do REGULAR 1º ANO A, B, C

Professor = Luiz Carlos Fernandes Maciel (LULA)


Eduardo e Mônica
Letra: Renato Russo (Legião Urbana)
Composta em 1986


Quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?

Eduardo abriu os olhos, mas não quis se levantar
Ficou deitado e viu que horas eram
Enquanto Mônica tomava um conhaque
No outro canto da cidade, como eles disseram

Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer
E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer
Um carinha do cursinho do Eduardo que disse
"Tem uma festa legal, e a gente quer se divertir"

Festa estranha, com gente esquisita
"Eu não tô legal", não aguento mais birita"
E a Mônica riu, e quis saber um pouco mais
Sobre o boyzinho que tentava impressionar
E o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra casa
"É quase duas, eu vou me ferrar"

Eduardo e Mônica trocaram telefone
Depois telefonaram e decidiram se encontrar
O Eduardo sugeriu uma lanchonete
Mas a Mônica queria ver o filme do Godard

Se encontraram então no parque da cidade
A Mônica de moto e o Eduardo de "camelo"
O Eduardo achou estranho, e melhor não comentar
Mas a menina tinha tinta no cabelo

Eduardo e Mônica eram nada parecidos
Ela era de Leão e ele tinha dezesseis
Ela fazia Medicina e falava alemão
E ele ainda nas aulinhas de inglês

Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus
Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano e de Rimbaud
E o Eduardo gostava de novela
E jogava futebol-de-botão com seu avô

Ela falava coisas sobre o Planalto Central
Também magia e meditação
E o Eduardo ainda tava no esquema
Escola, cinema, clube, televisão

E mesmo com tudo diferente, veio mesmo, de repente
Uma vontade de se ver
E os dois se encontravam todo dia
E a vontade crescia, como tinha de ser

Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia
Teatro, artesanato, e foram viajar
A Mônica explicava pro Eduardo
Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar

Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer
E decidiu trabalhar (não!)
E ela se formou no mesmo mês
Que ele passou no vestibular

E os dois comemoraram juntos
E também brigaram juntos, muitas vezes depois
E todo mundo diz que ele completa ela
E vice-versa, que nem feijão com arroz

Construíram uma casa há uns dois anos atrás
Mais ou menos quando os gêmeos vieram
Batalharam grana, seguraram legal
A barra mais pesada que tiveram

Eduardo e Mônica voltaram pra Brasília
E a nossa amizade dá saudade no verão
Só que nessas férias, não vão viajar
Porque o filhinho do Eduardo tá de recuperação

E quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?



Dados sumários sobre o texto:
Autor:  _________________________________
Título da obra: _____________________________

Estrutura da narrativa
01. Personagens
Identifique os traços físicos e psicológicos dos principais personagens:
Eduardo: _______________________________________________________
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Mônica: _______________________________________________________
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02. Enredo
Faça um resumo da história (princípio – meio – fim).
03. Ambiente
Qual é o tipo de ambiente predominante: físico (a natureza, o campo, a cidade) ou social (algum agrupamento social específico, alguma parcela da comunidade, fábrica, colégio, clube, família)?
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04. Tempo
Quanto tempo você acha que se passou desde que as personagens se conheceram até o final da história? Justifique seu raciocínio.
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05. Foco narrativo
O narrador é narrador-personagem ou narrador-observador? Transcreva um verso que comprove sua resposta.
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06. Público-alvo
A que leitor esse texto se destina? __________________________________________________

07.  Há muitas expressões coloquiais (informais) no texto. Para que servem?
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08.  Dê o significado destas expressões:
a) “Eu não estou legal”. _____________________________________
b) “Não aguento mais birita”. ________________________________
c) “Eu vou me ferrar”.  _____________________________________
d) “O Eduardo de camelo”. __________________________________
e) “Batalharam grana e seguraram legal”. ______________________________________________
f) “A barra mais pesada que tiveram”.__________________________
g) “Que nem feijão com arroz” _______________________________

09. Utilizando expressões próprias da linguagem dos personagens, o autor conta a história. Explique o significado dos trechos seguintes, como no modelo:
“... falava coisas sobre o Planalto Central” – Mônica explicava política para Eduardo.
a) “... ainda no esquema escola-cinema-clube-televisão” –
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b) “... coisas sobre o céu, a terra, a água” –
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c) “Ela era de Leão e ele tinha dezesseis” –
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Interpretação
01. Por que num momento do texto é falado que o “filhinho” é do Eduardo e não do casal? Explique. _______________________________
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02. Que relação existe entre o narrador da história e o casal Eduardo e Mônica? Comprove com uma passagem do texto.
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03. Qual o tema principal do texto? __________________________________________________
04. Quem sofre mais transformações na história: Eduardo ou Mônica? Por quê?
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05. Você acha que um ajudou o outro a se transformar ou foram mudanças naturais? Justifique sua resposta:
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06. Essa letra de música possui elementos narrativos? Por quê?
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07. Observe que o texto começa e termina com os mesmos versos. Que justificativa podemos apresentar para esta estrutura?
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08. Para você, "existe razão nas coisas feitas pelo coração"? Justifique.
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09. Faça um comentário sobre a história.

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